sábado, agosto 11, 2012

It's not over yet.

Passaram-se 2 semanas, depois 3 meses, agora já se foi 1 ano. O tempo passa devagar, mas vai embora correndo. E toda vez que eu percebo, já nem sei mais que dia é. Nesse momento passam-se 5 anos em minha cabeça e eu não consigo achar ninguém no lugar correto nos próximos 5. Ontem acordei 2 anos atrás e o achei tão diferente. Eu podia ver dentro, fora, através. Hoje eu só posso ver através. Amanhã talvez nem isso. Agosto passado foi um borrão, setembro foi um rio. Setembro desse ano talvez seja uma borracha, ou um backup. Imprevisível. Julho de 2020 talvez seja um tocador de discos velhos. Amanhã foi outro dia. Hoje é março de 2007. Ontem foi janeiro de 2029. 20 anos se passaram. Tô com 10 filhos, 5 divórcios e nenhuma ligação perdida. Todas foram achadas, menos aquela, que ficou perdida no infinito. Talvez um dia chegue. Eu lembro dele, eu lembro. Será que ele lembra? Abril de 1958. Eu estive lá, ele chegou atrasado. Eu voltei décadas depois. Onde será que ele está? Abril de 2031 eu acho ele, tenho certeza. Ou talvez ano passado eu ache. Deixa pra outra hora, agora é cedo demais. Ontem foi tarde. Amanhã talvez ele nasça de novo. Ou não. Março ele sempre dá notícias, mas ele só chega em abril. Sempre em abril... Agosto é o mês que ele volta de viagem. Já que abril já passou e ele nem foi, quem sabe ele só volte agosto que vem? Tempo, tempo, tempo... Sem abril. Até quando eu não sei. Não sei nem mesmo em que ano estamos. Mas eu vou achar aquela chamada. Vou mergulhar no infinito e bagunçar tudo, até que ele me ache. Depois ele me espera. Depois ele me desespera. Agora não. Agora é hora de procurar dezembro. Dezembro ta me esperando, mas eu ainda tenho um tempinho para visitar outubro. Se o tempo não me enganar de novo... Talvez chegue atrasada, pois meu relógio parou, mas eu chego. Até mais, abril.

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