quinta-feira, dezembro 01, 2011

Estímulo pessoal.

OBSERVAÇÃO: além de ser um texto pessoal, para ler e compreendê-lo é necessário ser formado em ironia e todos seus discípulos. Quem curte filosofia faça um favor a si mesmo e não leia isto de maneira alguma, nem mesmo parte dele. Depois não diga que não avisei.

Nota pessoal: não desistir do amor. Ou melhor, não deixar o amor desistir de mim. E não desistir de mim, por mais difícil que seja.
Insisti tanto tempo em uma coisa que idealizei isso como essencial para viver. Não sei se foi ambição, orgulho, persistência, comodidade ou amor. Sei que isso me manteve viva por muito tempo, até que o tempo me apunhalou pelas costas.
Aquela velha história de que o "pra sempre sempre acaba". Não acaba, não. Existem coisas efêmeras, e como diz o nome, um dia hão de acabar. Só precisamos tomar nota do que é efêmero. Não adianta idealizar uma coisa como eterna sabendo que ela não é. Existem coisas imutáveis, como uma imagem ou ideia de uma palavra no "mundo das ideias" antes de ela brotar na sua cabeça (citando Platão, é). E já nascemos com a ideia do que é eterno ou efêmero (maldita sociedade) até que se descobre a verdadeira realidade, e mesmo assim insistimos em mudar algo imutável. E então cria-se toda uma idealização para que outros acreditem na realidade que você criou na sua cabeça, quando na verdade só se quer acreditar em si mesmo.
Não to dizendo para desistir sem ao menos tentar, pois desistir é uma palavra que não deveria existir no vocabulário das pessoas (e sempre é a primeira que vem em mente frente a uma dificuldade). Mas insistir em uma coisa que sabemos que não vai dar certo por conta das experiências é a mesma coisa que encher um vazio com vento e esperar que se torne alguma coisa - na língua popular, tapar um buraco com outro buraco.
Coisas que são efêmeras: paixão, depressão, chuva, bolha de sabão, bolha no pé, abraço, beijo, despedida, tristeza, dia, noite, nuvens, efeito do álcool, pessoas, você, eu. Sobretudo eu.
Mas por serem efêmeras, não significa que acabem pra sempre. Elas podem voltar a qualquer momento e sempre ficarão guardadas na sua memória ou de alguém que presenciou. E são as lembranças que fazem a eternidade. Basicamente, você faz a eternidade.
Segundo minha teoria, eu sou minha eternidade e efemeridade. E eu quero fazer do meu amor eterno, seja nas minhas lembranças ou na vida real. E minha desistência sempre será efêmera, assim como a insistência.
Notas: 1. não desistir da minha eternidade. 2. não desistir da insistência do que me faz feliz, mesmo que signifique desistir do meu orgulho. 3. não desistir da minha efêmera insanidade.
Meta: nunca tapar um buraco com outro buraco. Princípio da não-contradição: não existe nada que possa ser e não ser ao mesmo tempo, sob o mesmo ponto de vista. Chega de vazios, chega de metades. A partir de agora, apenas inteiros. Só ideias inteiras e fixas, farei de mim o meu próprio mundo das ideias. Não à idealização, e sim à realidade.

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