Ela sorria. Ela mentia. Ela agia como se estivesse tudo bem. Não estava. Nada estava bem. Ela apenas queria ficar sozinha, mas não havia como estar mais sozinha do que ela.
Todo o lugar que ela olhava, tudo que ela fazia, tudo que ela dizia, tudo que ela pensava, apenas enfatizava uma palavra: solidão.
Ela perdeu seus motivos pra viver. Sua razão de seguir em frente. Não havia nada, nada. Apenas aquele vazio dentro de si que a estava matando.
Ela queria voltar atrás. Era tudo tão fácil. Era tudo tão bom. A felicidade transbordava em seus olhos.
Agora, a única coisa que rodeava seus olhos era a morte.
Nada mais importava, nada mais fazia sentido, o único objetivo que ela queria alcançar havia acabado. Tudo que ela pensava era em dormir. Dormir para nunca mais acordar.
O problema era que não tinha motivos nem coragem pra seguir em frente e tinha medo de terminar com a única coisa que ainda restava nela: esperança.
Na verdade, ela tinha suas dúvidas sobre essa tal esperança. Dizem que é a última que morre, mas a mesma estava morrendo cada dia mais.
Aos poucos tudo que havia em sua cabeça saía devagar, sem ela perceber. Quando ela percebia, preto. Branco, preto, branco, preto, branco, preto…
Mas que confusão, garota.
“Incrível! As pessoas têm que decidir até o que não está ao seu alcance.”
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